Criminologia e ética da alteridade: diálogos para uma práxis libertadora

Autores

  • Raphael Boldt Faculdade de Direito de Vitória

Palavras-chave:

Criminologia, Ética da Alteridade, Direitos Humanos

Resumo

O texto examina a cultura punitiva e expõe algumas das contribuições que a filosofia da libertação pode oferecer para a concretização de uma cultura dos direitos humanos.

Percebe-se atualmente a existência de uma verdadeira cultura punitiva no Brasil, um “clima punitivista” que promove a criminalização de condutas como o único caminho para a solução de conflitos sociais dos mais diversos matizes e propõe o endurecimento da legislação penal visando coibir a criminalidade. Ademais, observa-se uma tendência à flexibilização de direitos e garantias fundamentais, vistos, neste contexto, como obstáculos à segurança, “direito sagrado” em tempos de cultura do pânico. Paralelamente ao processo de endurecimento penal, verifica-se o declínio da tolerância e a ampliação da desigualdade, razão pela qual torna-se fundamental repensar o papel dos direitos humanos e refletir acerca das possibilidades de se produzir transformações sociais a partir de uma práxis libertadora e de teorias elaboradas com base nas especificidades dos países periféricos.

Biografia do Autor

Raphael Boldt, Faculdade de Direito de Vitória

Mestre em Direitos e Garantias Fundamentais pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV). Graduado em Direito e Comunicação Social. Professor da Graduação e da Pós-Graduação em Ciências Criminais da FDV. Professor Convidado da Escola Superior da Advocacia (ESA/ES). Professor de direito penal e direito processual penal em cursos preparatórios para carreiras jurídicas. Advogado.

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Publicado

21.03.2023